domingo, 30 de agosto de 2009

"O amor me move: Só por ele eu falo"











Sim, bem típico de quem se completa por frases soltas. Só por ele eu falo... Falo o quê? Falo sobre a vida? Falo sobre mim? Sobre você, nós?

Para quem pensa que esse post não faz sentido digo imediatamente que ainda não olhou pra dentro de si. Você já fez críticas a seus próprios sentimentos? Já existiu um olhar por outras perspectivas vindo de você para dentro de si?

Dentro de nós há uma tempestade sublime, cheia de nuvens em todos os matizes da paleta de cores do seu monitor, com ventos silenciosos, um inquietante murmúrio das partículas de ar que carregam a informação de que vai cair água dos céus e sairão raios horripilantes das nuvens. Você, seu ego, está só numa praia onde só se vê areia, oceano calmo como vitrificado, e acima da sua cabeça, sustentadas pelas montanhas, ameaçadoras nuvens negras cheias de ódio, rancor e prontas para espalhar destruição. Você não pode correr para nenhum lado, pois num campo aberto como esse mesmo fugindo exasperadamente será atingido pelo primeiro raio que se direcionar à terra.

Mas você pode usar sua humildade e se esconder debaixo da areia. Essa que você pisa será sua salvaguarda durante os tempos de tempestade. É aí que entra o vento espalhando sua proteção para todos os cantos da praia deixando você frágil. Melhor não correr em direção à água, pois seu final não será bom. No momento resta apenas fugir do coerente e usar aquilo que todos temem em usar, pois parece pesar toneladas de encargo posterior: O espírito.

Nenhuma salvaguarda do seu próprio mundo pôde lhe proteger de seus sentimentos, mas a sua fé pode. Nela você se sustenta, pois ela não é um sentimento completamente; também é palpável quando você vê o que você sentia se concretizando. Mas ela sozinha não pode cessar a tempestade. Você ficará enclausurado infinitamente debaixo das asas a fé ou buscará viver sua vida e ver o sol surgindo por entre as nuvens magoadas e se embrulhar no calor da felicidade?

Aí que entra o amor. O amor me move e só por ele eu falo, pois ele encerra as tempestades mais terríveis que podem ocorrer dentro de mim. Essas causadas por pessoas, por situações, pelo medo, pela perda, pela doença, pela angústia etc. Se a tempestade surgir, use a fé como barreira e o amor como espada. O amor por mim mesmo, pelo os outros, pelo que tenho, pela vida, pela natureza, pela ciência. Só pelo amor eu posso continuar a caminhar pela estrada de areia, só por ele eu posso existir e me comunicar, contar a todos que sobrevivi à última tempestade me restando apenas duas coisas: A fé e o amor, mas o maior dos dois, é esse, é o amor.